segunda-feira, 4 de março de 2013

Dois líderes cristãos são mortos e outro é ferido em ataques separados


Três incidentes de violência contra cristãos na Tanzânia trouxeram à tona a preocupação quanto ao futuro da liberdade religiosa no país


Domingo (17), homens armados atiraram e mataram um líder cristão na ilha de Zanzibar, na Tanzânia. O cristão Evaristo Musi estacionou seu carro em frente à igreja em torno das sete horas da manhã, quando o veículo foi cercado pelos criminosos. Eles o assassinaram enquanto ainda estava dentro do carro; os agressores fugiram em uma motocicleta. A comunidade local reconhecia Musi como um filantropo, defensor do diálogo inter-religioso. A polícia afirma que prendeu três suspeitos ligados ao crime, mas o motivo ainda é desconhecido.
No início desse mês, um pastor da Assembleia de Deus, Mathayo Kachili, foi morto na região Geita quando interveio em uma briga entre moradores sobre o abate de um animal. Segundo fontes, um grupo de muçulmanos exigiu o encerramento imediato de açougues pertencentes a cristãos. Até onde a Portas Abertas pode determinar, a demanda é baseada em uma tradição de longa data, juntamente com uma ação do governo local, que deu aos muçulmanos o direito exclusivo de atuar como açougueiros. No incidente que culminou no assassinato do pastor Kachili, havia um açougueiro não muçulmano preparando a carne para ser servida em um funeral. Quando os muçulmanos souberam disso, atacaram a congregação e mataram o líder.
Em 26 de dezembro, outro líder cristão, Ambrósio Mkenda, sofreu ferimentos graves ao ser atingido por pistoleiros desconhecidos. De acordo com o seu depoimento, ele foi seguido por dois homens em uma motocicleta a caminho da igreja, em Tomondo, depois do trabalho. Ao estacionar e sair do carro, os agressores atiraram nele, que sofreu dois ferimentos de bala, um deles na bochecha. Nesse meio tempo, os criminosos também saquearam o templo. Mkenda foi levado às pressas para um hospital próximo e, mais tarde, foi transferido para a cidade de Dar es Salaam, onde passou por uma cirurgia para extrair as balas.
Um líder local disse ao jornal The Guardian que os casos serviram para trazer à luz uma conspiração para destruir a paz no país. As situações em Zanzibar e em Geita permanecem tensas.


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